Por:Jornal NC - Publicado em 12/09/2018
Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e um grupo de agências da ONU revelam que o combate à fome no Brasil estagnou.
A entidade estima que em 2017 havia “menos de 5,2 milhões” de brasileiros passando fome, uma mudança marginal em comparação aos números que vinham sendo apresentados nos últimos anos.
Em 2014, essa taxa era de “menos de 5,1 milhões”. Dois anos antes, o volume era de 5 milhões. O ponto mais baixo foi atingido em 2010, quando “menos de 4,9 milhões” de brasileiros eram considerados famintos.
Os números atuais estão distantes da realidade de 1999, quando 20,9 milhões de brasileiros eram considerados desnutridos. Em 2004, esse volume havia sido reduzido para 12,6 milhões e, em 2007, era de 7,4 milhões. Em termos porcentuais, entretanto, a FAO aponta que a taxa continua estável e inferior a 2,5% desde 2008.
O relatório, apresentado em Roma, aponta para uma elevação da fome no mundo e uma das regiões mais afetadas pela nova realidade é a América do Sul. De acordo com a FAO, 4,7% da população da região era considerada desnutrida em 2014; hoje, a taxa é de 5%.
No total, a população com fome passou de 19,3 milhões de sul-americanos para 21,4 milhões em 2017. A taxa, porém, é inferior aos 29 milhões de famintos em 2005 na região.
Se considerado o critério de insegurança alimentar severo, a América do Sul passou de uma taxa de 4,7% da população em 2015 para 8,7% em 2017. O salto foi de 19,4 milhões de pessoas para 36,7 milhões. Qualifica-se de insegurança alimentar severa uma pessoa que passa um dia todo sem se alimentar ou famílias que têm seus estoques esgotados.
Veja Também: Museu Nacional é destruído por incêndio na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro
Agravantes
Na avaliação da FAO, os resultados na América do Sul podem ser consequência de “preços baixos nas exportações de commodities, o que levou os recursos financeiros para a importação de alimentos, reduziu a capacidade de governos de investir na economia e reduziu de forma significativa a receita fiscal necessária para proteger os mais vulneráveis contra o aumento de preços domésticos e a perda de renda”.
De acordo com os estudos, mudanças climáticas têm tido um peso importante nessa nova realidade da volta da fome. O alerta é de que, se nada for feito para lidar com temperaturas e eventos extremos, o problema vai aumentar. Neste aspecto, o Brasil e sua produção agrícola podem ser afetados. No período entre 2011 e 2016, o País já foi um dos mais prejudicados por anomalias no campo, incluindo secas.
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Barueri investe em obra de desassoreamento do rio Cotia no Jardim Maria Helena
InternacionalInternacional
Embriões de fertilização in vitro de Gaza são destruídos por ataque israelense
EspeciaisEspeciais
Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas
CidadesCidades
Barueri é a cidade mais sustentável do Brasil em 2024, segundo a Bright Cities
Carros
Em pré-venda, Renault Kwid tem preços entre R$ 29.990 e R$ 39.990
Tecnologia
Aplicativo gratuito testa a sua fluência em diversos idiomas
Publicidade