Intercâmbio para casais sai mais em conta que turismo

Nos últimos cinco anos, especialistas do mercado de intercâmbio têm visto uma mudança no perfil de seus viajantes



Por:Jornal NC - Publicado em 17/10/2016

Intercâmbio para casais sai mais em conta que turismo

Nos últimos cinco anos, especialistas do mercado de intercâmbio têm visto uma mudança no perfil de seus viajantes. Até então procurados por adolescentes em torno dos 17 anos, os programas agora são alvo de jovens profissionais de 25 a 30 anos — chegando à faixa dos 40 em alguns casos.
Esse cenário fez com que surgisse uma nova modalidade no segmento: o intercâmbio para casais. “A maior demanda tem vindo dessas pessoas, que já estão casadas ou envolvidas com alguém e, ao mesmo tempo, querem aprimorar o currículo”, afirma Márcia ­Mattos, gerente de cursos da ­Student Travel Bureau (STB). Os casais costumam viajar durante as férias e aliam estudo e passeio.
A melhor parte é que, em casal, alguns custos são divididos, e o pacote, que inclui curso, pode sair até mais barato que viagens somente turísticas.
A agência Experimento Intercâmbio Cultural teve um aumento de 10% desse tipo de viagem de 2011 a 2012 e prevê um crescimento de 20% neste ano. Na Central de Intercâmbio (CI), a procura por essa modalidade cresceu 30% em 2012.
“O custo-benefício do programa é o que explica o crescimento. O casal desfruta do destino nas férias, consegue passear, estudar e agrega valor ao currículo”, diz ­Luíza Vianna­, gerente de produto da área de cursos no exterior da CI.
“Já tivemos até casal em lua de mel que aproveitou para unir o útil ao agradável”, diz a gerente. Tamanha procura fez com que a STB criasse um departamento novo, chamado Acomodações Especiais, para cuidar especificamente das acomodações para casais. “Muitos não querem viver em casas de família e desejam alugar um apartamento só para eles”, explica Márcia.
Os programas podem ser personalizados, mas em sua maioria os casais têm buscado cursos de idiomas ou de aperfeiçoamento profissional.


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Foi essa a escolha do casal Byanca Galante, de 30 anos, e Ricardo Francisco Marques Simões, de 43. Ela, secretária executiva, percebia o baixo nível de inglês como um entrave para sua promoção. Sem perspectiva de crescimento na Coca-Cola, onde trabalhava, pediu demissão e decidiu fazer um intercâmbio.
O curso era das 8 às 16 horas, mas como só começava a escurecer às 20 horas, o casal pôde aproveitar para conhecer a cidade. “Alugamos um carro e visitamos praticamente toda a Chicago”, diz Byanca.
O programa custou 11.000 reais, mais 1.700 por cada passagem, que eles dividiram em dez vezes. “Foi muito barato se você considerar que foi um mês vivendo em outra cidade. Fora que é bem diferente das outras viagens, porque conhecemos muita gente e pudemos viver um pouco da rotina dos americanos”, conta a secretária. O casal, que já guarda dinheiro rotineiramente na poupança, só precisou de um mês para se programar para o intercâmbio.
Estudos nas férias
Como a maior parte dos casais tenta conciliar o intercâmbio com as férias, os pacotes mais procurados são os de quatro semanas. Os lugares mais demandados são Londres (Inglaterra), Vancouver (Canadá), Nova York e San Diego (Estados Unidos). Mesmo para casais, há a opção de residência de família, com direito a café da manhã e jantar, mas a maioria ainda prefere residências estudantis ou apartamentos, onde vive sozinha por esse período. Nesse caso, as refeições ficam por conta dos estudantes.
“É um pouco mais barato fazer a viagem em casal por causa da acomodação, que é dividida. Mas os custos de curso e passagens aéreas são individuais”, afirma ­Luíza Vianna, da CI.

Trabalho voluntário
Outra modalidade que tem crescido entre jovens casais são os intercâmbios voltados para o trabalho voluntário em causas sociais. Nesses pacotes, o casal pode escolher data, destino, quanto tempo ficar e que tipo de serviço vai fazer. “É uma experiência que agrega bastante ao currículo”, afirma Gisele Mainardi, gerente de produto de trabalhos da CI.
Parte do valor do pacote é revertida para a instituição em que o casal escolheu trabalhar. Como o trabalho voluntário é uma experiência cultural, não é necessário obter um visto específico de trabalho.Curta nossa Fanpage no Facebook

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