Futebol feminino: CBF muda regra e acaba prejudicando clubes



Por:Jornal NC - Publicado em 26/01/2017

Futebol feminino: CBF muda regra e acaba prejudicando clubes

A CBF parece querer ajudar na evolução do futebol feminino. E para isso, a entidade resolveu remodelar o Brasileirão Feminino ao introduzir a segunda divisão (Série A2) e distribuir premiações e ajudas de custo aos participantes.
A partir de 2017, serão 16 times em cada nível, todos tendo direito a transporte, acomodação e alimentação para 24 pessoas, prêmio de participação (R$ 15 mil na elite e R$ 10 mil na segundona) e por classificação a cada fase dos torneios, com R$ 120 mil para o campeão da Série A1 e R$ 50 mil para o da segunda divisão.
Além disso, cada time mandante receberá R$ 10 mil para pagar os custos das partidas, enquanto os visitantes levam R$ 5 mil para outras despesas (nas duas divisões).
A CBF já começa a vacilar bem aí, já que esses valores são irrisórios e absurdos. Como um clube de futebol pode manter uma equipe com tão pouco dinheiro? Mesmo quem levar os tais R$ 120 mil, quanto terá gasto ao longo da temporada com treinos, salários e outras despesas para poder levantar a taça?



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Clubes prejudicados
O grande vacilo da CBF é na definição dos participantes. Na elite, o atual campeão brasileiro feminino (Flamengo), o campeão da Copa do Brasil da modalidade (Audax) e os oito primeiros do Ranking do Futebol Feminino até são escolhas acertadas, mas a anomalia suprema acontece a seguir.
A CBF deveria aumentar o número de participantes nas duas divisões - de 16 para 20 -, assim como ocorre no masculino. É evidente que quatro equipes a mais não provocariam grande diferença nos custos da competição, já que os acordos com as empresas de transporte, hotelaria e alimentação devem ser coletivos, debatendo-se parte do valor.
Com o dinheiro para mandantes e visitantes, isso custaria apenas R$ 270 mil a mais para a CBF (duas divisões), mais R$ 60 mil das participações na elite e R$ 40 mil na segunda divisão. Total de irrisórios R$ 370 mil a mais.
Dito isso, a CBF poderia ter tomado um dentre dois caminhos:
Numa atitude justa com aqueles clubes que estão investindo no futebol feminino, deveriam ter ganhado vaga os 20 melhores do Ranking da modalidade. Outra opção tranquila de fazer era convidar os 20 times (sim, foram 20 mesmo!) que jogaram o Brasileirão Feminino em 2016.
Na situação atual, o América Mineiro, sétimo colocado no Brasileirão 2015 e 12º no da temporada seguinte, está na segunda divisão.

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