Por:Jornal NC - Publicado em 12/05/2017
Na noite de domingo, 7 de maio, Emmanuel Macron (Em Marcha!) se consagrou como o novo presidente da França após derrotar a líder da extrema direita Marine Le Pen (Frente Nacional).
Agora, aos 39 anos de idade, o centrista faz história ao se tornar a pessoa mais jovem a ocupar o cargo e por ser o primeiro presidente em décadas que não pertence a nenhum dos partidos tradicionais (Partido Socialista e Os Republicanos).
A participação observada nas votações do 2º turno foi de 74,56% dos eleitores registrados. Em 2012, quando François Hollande (Partido Socialista) foi eleito, essa percentagem foi de 80,35% e, em 2007, eleição de Nicolas Sarkozy (Os Republicanos), foi de 83,97%.
De acordo com o Ministério do Interior, o índice de abstenção (25,44%) foi o maior registrado desde 1969. Já a taxa de votos brancos e nulos ficou em 9%, um recorde. Somando as abstenções, votos brancos e nulos, um em cada três eleitores optaram por não se manifestar em prol de nenhum dos dois candidatos.
A disputa
A corrida eleitoral da França foi tudo, menos tediosa. Ao longo dos últimos meses, o mundo observou reviravoltas que culminaram com a derrota do establishment político francês e da consolidação de novas lideranças, ainda que de orientações opostas.
Enquanto Macron é um defensor da União Europeia (UE), Le Pen defendia a revisão da filiação da França ao bloco. Esse é apenas um exemplo do quão díspares eram as visões dos dois candidatos que chegaram à reta final da disputa.
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Próximos desafios
Macron vence, mas irá encarar um importante desafio com as eleições legislativas marcadas para mês que vem.
Não será fácil: segundo o Deutsche Bank, em relatório sobre o cenário político da França, ainda que desde 2002 todos os presidentes eleitos tenham conseguido a maioria no parlamento, esse é um feito inédito para um partido novo, como do centrista.
Há um outro obstáculo relevante ainda no horizonte das eleições parlamentares e que é representado justamente por Le Pen e sua Frente Nacional.
O partido obteve um número nada desprezível de votos (33%), o dobro do obtido nas eleições de 2002, mostrando que perdeu a batalha, mas está pronto para seguir em frente como oposição.
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