Por:Jornal NC - Publicado em 27/05/2021
Estará nas mãos do procurador-geral da República, Augusto Aras, o destino de possíveis indiciados pela CPI da Covid, especialmente aqueles que compõem o governo federal. Quando uma CPI termina, o relatório final é encaminhado a órgãos de investigação, que analisam se é o caso de prosseguir com as apurações. O documento deverá ser enviado à Polícia Federal, ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ao Ministério Público. Caberá a Aras decidir se vai propor inquérito contra autoridades com foro privilegiado perante o STF (Supremo Tribunal Federal).
Pelo andar da CPI, o mais provável é que ela seja esticada até o último dia do prazo, 27 de outubro. As investigações têm 90 dias de duração, prorrogáveis por mais 90. A maioria governista na comissão, aliada ao desejo de derreter o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até as vésperas da campanha de 2022, deve fazer com que os parlamentares estiquem a corda até o fim.
A depender de quando a CPI vai terminar, é possível analisar se há mais chance de abertura de inquéritos contra governistas ou não. Antes do fim do prazo das investigações, em setembro, vence o mandato de Aras. Até lá, ele está em campanha para tentar convencer Bolsonaro a reconduzi-lo ao cargo. Se a CPI terminar antes de setembro, é pouco provável que Aras queira se indispor com Bolsonaro. Nesse cenário, a chance é de possível engavetamento do relatório.
Veja Também: CPI da Covid: Eduardo Pazuello presta depoimento na comissão do Senado
Aras dificilmente enviaria para o STF pedidos de abertura de inquéritos contra integrantes do governo, em uma tentativa de continuar sentando na cadeira. Se o procurador-geral cruzar os braços diante dos resultados da CPI, ela não terá servido para muita coisa, a não ser para aumentar o desgaste da popularidade de Bolsonaro.
Se Bolsonaro permitir que Aras fique no cargo por mais dois anos em setembro, e a CPI terminar somente em outubro, o cenário é outro. O procurador-geral já estará com o emprego garantido e, em tese, não teria muito a perder ao pedir abertura de inquérito contra integrantes do governo eventualmente indiciados pela CPI. No entanto, um exame da atuação do procurador-geral mostra a pouca disposição que ele tem para contrariar o governo federal. Pelo contrário. No mês passado, a PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ofício a governadores cobrando a falta de aplicação correta de recursos repassados para o combate da pandemia.
A PGR enviou à CPI informações sobre quatro governadores investigados no STJ (Superior Tribunal de Justiça), também sobre a atuação no enfrentamento à Covid-19. A atitude de Aras demonstra simpatia em relação ao discurso de Bolsonaro de que os governadores são os reais responsáveis pelas mortes da pandemia e pela crise econômica do país.
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Barueri investe em obra de desassoreamento do rio Cotia no Jardim Maria Helena
InternacionalInternacional
Embriões de fertilização in vitro de Gaza são destruídos por ataque israelense
EspeciaisEspeciais
Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas
CidadesCidades
Barueri é a cidade mais sustentável do Brasil em 2024, segundo a Bright Cities
CidadesEntretenimento
Centros de Capacitação realizam festas julinas aos sábados com apresentações culturais dos alunos e barracas típicas
CidadesCidades
Prefeitura entrega trecho parcial da nova praça na Aldeia de Barueri
Publicidade