Por:Jornal NC - Publicado em 12/09/2019
 
             Pesquisadores na Europa estudaram por uma década rochas em uma vasta região, da Espanha ao Irã, em busca de pistas desse antigo continente.
E aos poucos, eles conseguiram determinar o que aconteceu com ele.
A massa terrestre já havia sido detectada por ondas sísmicas no passado, mas o estudo de seus vestígios e a reconstrução de sua história é novidade.
Os únicos restos visíveis do continente são calcário e outros tipos de rocha em montanhas da Europa.
Mas a maior parte do continente está “enterrada” no sul da Europa.
“A maioria das cadeias de montanhas que estudamos se originou em um único continente que se separou do norte da África há mais de 200 milhões de anos”, disse Douwe van Hinsbergen, pesquisador e geólogo da Universidade de Utrecht, na Holanda.
Uma parte restante do continente está em uma faixa que vai de Turim, na Itália, até o calcanhar da bota que forma a Itália, passando pelo Mar Adriático.
Essa área é conhecida pelos geólogos como “Adria”, razão pela qual Van Hinsbergen deu o nome de Grande Adria ao continente perdido.
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Colisão com a Europa
Grande Adria tem uma história “violenta” e complicada, segundo Van Hinsbergen.
O continente se tornou uma massa separada quando se soltou do supercontinente Gondwana, que compreendia o que hoje é a América do Sul, África, Austrália, Antártica, o subcontinente indiano e a Península Arábica.
Após essa separação, que ocorreu cerca de 240 milhões de anos atrás, o continente, de tamanho semelhante à Groenlândia, começou a se mover para o norte. Há cerca de 140 milhões de anos, o continente estava, em grande parte, submerso em um mar tropical, onde os sedimentos acumulados se transformaram em rochas.
E entre 100 e 120 milhões de anos atrás, essa grande massa colidiu com o que é atualmente a Europa e sua crosta foi destruída.
Grande parte de Grande Adria acabou deslizando sob a Europa, mas algumas rochas do continente perdido, que foram “raspadas” na colisão, ficaram espalhadas na superfície terrestre.
Embora a colisão tenha ocorrido a velocidades de até 3 ou 4 centímetros por ano, essa pressão foi suficiente para destruir a crosta de 100 km de profundidade e empurrar o restante do continente para grandes profundidades no manto da Terra.
Os cientistas apontam que partes de Grande Adria estão a cerca de 1,5 mil km de profundidade.
Mais de 200 milhões de anos depois, a história de Grande Adria foi reconstruída passo a passo pelos geólogos das universidades de Utrecht e de Oslo e do Instituto de Geofísica ETH, em Zurique (Suíça).
Os pesquisadores estudaram a idade das rochas e identificaram a direção dos campos magnéticos contidos neles.
Uma das maiores dificuldades no estudo do continente perdido é que as rochas estão muito espalhadas.
E somente na última década os cientistas tiveram o software necessário para uma reconstrução geológica tão complexa, segundo Van Hinsbergen.
“A região do Mediterrâneo é simplesmente uma desordem, do ponto de vista geológico”, disse o pesquisador. “Tudo está curvado, fraturado e empilhado.”
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