Por:Jornal NC - Publicado em 25/10/2018
Os programas para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) apresentam ênfases diferentes no tocante às prioridades e ao papel do Estado e do governo federal. Nos dois planos de governo, há seções específicas para o tema, que aparecem junto com desafios de desenvolvimento econômico e à estruturação do ensino superior.
Fernando Haddad (PT)
O programa do candidato tem como proposta principal o que chama de “remontagem do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação” (CT&I), articulando universidades e centros de pesquisa e políticas públicas com ecossistemas de inovação para atuar em áreas produtivas com alto grau de conhecimento, como manufatura avançada, biotecnologia, nanotecnologia, energia e defesa nacional.
Para isso, a candidatura tem como intuito ampliar os investimentos na área de CT&I. O texto menciona o aumento das verbas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), duas principais responsáveis pelo custeio de projetos de pesquisa e bolsas de pós-graduação. No caso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o objetivo é a majoração dos recursos com repasse do Fundo Social do Pré-sal. O programa prevê também um plano de 10 anos de ampliação dos recursos no setor, incluindo verbas governamentais e empresariais.
A meta é atingir 2% do Produto Interno Bruto em CT&I até o ano de 2030. Esse patamar é caracterizado pelos autores do texto como necessário assegurar condições de competição do Brasil no mercado mundial em transformação em razão de tecnologias digitais e áreas de conhecimento de ponta.
Além disso, a candidatura promete recriar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), extinto na gestão de Michel Temer e fundido com o Ministério das Comunicações para criar o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Veja Também: Conheça as propostas de Bolsonaro e Haddad para a Educação
Jair Bolsonaro (PSL)
O plano do candidato avalia que o modelo de pesquisa e inovação no Brasil está “esgotado”. A área não deveria ser baseada em uma estratégia centralizada, organizada por Brasília e centrada em recursos públicos. No lugar, defende o fomento de “hubs” tecnológicos nos quais universidades se aliam à iniciativa privada “para transformar ideias em produtos”.
O texto cita experiências de países como Japão e Coreia do Sul, advogando por um foco nas ciências exatas.
O programa coloca a necessidade de se criar um ambiente favorável ao empreendedorismo no Brasil, com estímulo a que alunos busquem abrir negócios próprios. Quem deseja seguir carreira acadêmica deve fazê-lo em programas de mestrado e doutorado “sempre perto das empresas”.
O documento defende que o campo da ciência não deve ser “estéril”. O texto indica a busca de especificidades em cada região, citando como exemplo a exploração de energia renovável solar e eólica no Nordeste.
Outra proposta é que o país invista na pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio.
O primeiro é uma forma cristalina do carbono, forte, leve e bom condutor. O nióbio é usado em ligas de aço. No capítulo sobre economia, o programa prevê a abertura comercial para importação de equipamentos para a migração para a indústria 4.0, requalificação de mão-de-obra para tecnologias de ponta e apoio a startups (pequenas empresas de tecnologia).
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Barueri convida para entrega do Centro de Convivência do Mutinga neste sábado, 23
InternacionalInternacional
Macron quer encontrar agenda comum com Lula sobre Ucrânia
EspeciaisEspeciais
Senado cria CPIs das Apostas Esportivas e da Violência Doméstica
CidadesCidades
Barueri entrega escola do Maria Helena para atender mais de 1.100 alunos
Entretenimento
Agora é lei: jovens podem viajar de ônibus interestadual de graça
CidadesEntretenimento
Marco Luque volta a Barueri com o stand up “Tamo Junto!”
Publicidade