Por:Jornal NC - Publicado em 06/12/2018
A 57ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Sem Limites, deflagrada pela Polícia Federal, investiga o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para operadores e então funcionários da Petrobras, entre os anos de 2009 a 2014. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), essas propinas foram desembolsadas por “grandes empresas do mercado de petróleo e derivados – conhecidas como tradings”.
Entre as empresas, estão a Vitol, Trafigura e Glencore. Segundo as investigações, há suspeita de que, entre 2011 e 2014, elas fizeram pagamentos de propinas nos valores de US$ 5,1 milhões, US$ 6,1 milhões e US$ 4,1 milhões, respectivamente, “relacionadas a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques para estocagem”.
A procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, que integra a força-tarefa Lava Jato no MPF em Curitiba, informou que “as operações da área comercial da Petrobras no mercado internacional constituem um ambiente propício para o surgimento e pulverização de esquemas de corrupção, já que o volume negociado é muito grande e poucos centavos a mais, nas negociações diárias, podem render milhões de dólares ao final do mês em propina”.
Veja Também: Aumento de ministros do STF deve custar entre R$1,4 bi e R$1,6 bi à União
As tradings investigadas comercializam de modo maciço e recorrente com a Petrobras, no mercado internacional.
O procurador da República Athayde Ribeiro Costa ressalta que “trata-se de esquema criminoso praticado ao longo de anos, com envolvimento de empresas gigantes de atuação internacional, parte delas com faturamento maior que o da própria Petrobras. Foram corrompidos funcionários da estatal, com evidências de que ao menos dois ainda estão em exercício, para que as operações de compra e venda de derivados de petróleo favorecessem estas empresas. Os ilícitos estão sujeitos a punições no Brasil e no exterior”.
Os policiais federais cumprem, desde as primeiras horas da manhã de hoje, 11 mandados de prisão, todos em endereços no Rio de Janeiro, e 26 de busca e apreensão. “A Petrobras colabora com as autoridades que conduzem a Operação Lava Jato e é reconhecida pelo próprio Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal como vítima dos crimes desvendados. É a maior interessada, portanto, em ver todos os fatos esclarecidos. A companhia seguirá adotando as medidas necessárias para obter a devida reparação dos danos que lhe foram causados.”
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
São Paulo prorroga até sábado alerta de risco elevado para incêndios
Internacional
Ucrânia atinge Moscou no maior ataque de drones
EspeciaisEspeciais
Comissão discute impactos da reforma tributária na cultura, hotelaria e parques
CidadesCidades
Governo de São Paulo amplia ações de enfrentamento aos incêndios em parceria com iniciativa privada
Educação
Justiça nega a Alckmin reintegração de posse de escolas ocupadas
InternacionalInternacional
Holanda aprova polêmica lei que automatiza a doação de órgãos
Publicidade