Por:Jornal NC - Publicado em 01/04/2016
Estudantes de São Paulo fizeram no dia 29, mais um protesto contra o fechamento de salas de aula e as denúncias de corrupção nos contratos da merenda escolar no estado. Os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, região central da capital, e seguiram em passeata pela Avenida Brigadeiro Luiz Antonio até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
O ato prosseguiu dentro do prédio da assembleia, onde tramita uma proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o caso. O presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), é suspeito de envolvimento nas fraudes nos contratos para alimentação dos alunos.
Ele chegou a ter os sigilos fiscal e bancário quebrados por determinação judicial. Hoje, a Polícia Civil cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão contra acusados de envolvimento no esquema.
Veja Também: Justiça aceita denúncia contra cartel de trens em licitação de R$ 1,8 bi no governo Serr
Governador
Segundo as investigações, o esquema, que envolvia o pagamento de propina a agentes públicos, era liderado pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que mantinha contratos para fornecimento de alimentos com diversas prefeituras.
Os jovens também acusam o governo estadual de dar prosseguimento a chamada reorganização escolar. O processo, que previa o fechamento de mais de 90 escolas, foi suspenso no ano passado, após uma série de protestos e ocupação de diversas escolas em todo o estado.
“O governador de São Paulo [Geraldo Alckmin], não sei se é ignorante ou se acha muito esperto para fazer algo e achar que não iremos perceber. Ele fechou mais de 1,3 mil salas, escolas e turnos. Estamos aqui principalmente por isso”, afirmou a estudante Luana Nardi, de 16 anos.
“Voltaram as aulas com mais de mil salas fechadas, isso não apareceu muito na mídia. Além disso, estourou o escândalo de corrupção da merenda, que tem o Fernando Capez e o governo Alckmin sendo investigado sobre desvios de verbas da merenda”, acrescentou Cauê Borges, 17 anos.
Além das denúncias envolvendo a alimentação escolar e o fechamento de salas de aula, os jovens também reclamam da criação de grêmios oficiais nas escolas. Segundo eles, essa seria uma forma de controlar o movimento estudantil. “Eles perceberam que gente tem muita força política e é melhor eles tentarem trazer essa política para perto deles”, acrescentou Cauê.Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Governo de São Paulo amplia ações de enfrentamento aos incêndios em parceria com iniciativa privada
NacionalNacional
PIB cresce 1,4% no segundo trimestre e fica acima do esperado
EspeciaisEspeciais
Governo prevê salário mínimo de R$ 1.509 em 2025, com aumento de 6,87% em relação ao atual
NacionalNacional
Centro detecta aumento na taxa de positividade para covid no Rio
Tecnologia
Nova bateria carrega em segundos e pode durar uma semana
NacionalNacional
Chuva de veneno mata abelhas e destrói produção de mel no Rio Grande do Sul
Publicidade