Por:Jornal NC - Publicado em 26/06/2025
Cabo Canaveral, EUA – Pela primeira vez em mais de 40 anos, a Índia, a Polônia e a Hungria voltaram a enviar astronautas ao espaço. A missão, batizada de Ax-4, partiu nesta terça-feira do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, levando três astronautas desses países a bordo da cápsula Crew Dragon, da SpaceX, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).
A bordo estão Shubhanshu Shukla, engenheiro aeroespacial da Índia; Sławosz Uznański-Wiesniewski, físico e astronauta reserva da ESA pela Polônia; e Tibor Kapu, piloto de testes da Hungria. Eles são acompanhados pela comandante da missão, a veterana americana Peggy Whitson, ex-NASA e atual astronauta da empresa Axiom Space, responsável pela organização da missão.
O lançamento aconteceu às 11h30 (horário de Brasília), impulsionado por um foguete Falcon 9.
Após a decolagem bem-sucedida, a cápsula entrou em órbita e está programada para acoplar à ISS nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira.
Missão privada, objetivos públicos
Apesar de organizada por uma empresa privada, a missão tem apoio direto de agências espaciais nacionais, como a ISRO (Índia), a HUNSPACE (Hungria) e a Agência Espacial Polonesa. Cada país financiou a participação de seus representantes, com estimativas de custo que chegam a US$ 65 milhões por assento. Durante os 14 dias no espaço, os astronautas realizarão experimentos científicos, como o estudo de microalgas produtoras de oxigênio, o comportamento de tardígrados em microgravidade, e pesquisas biomédicas ligadas à adaptação do corpo humano em ambientes extremos. Além disso, há também uma missão cultural: levar um pouco de cada país à órbita.
Volta ao protagonismo espacial
Essa é a primeira vez que esses três países enviam cidadãos ao espaço desde os anos 1980, quando participaram de missões conjuntas com a antiga União Soviética. Para a Índia, é um marco no seu programa espacial, que tem se expandido rapidamente nos últimos anos, incluindo o pouso bem-sucedido do módulo Chandrayaan-3 no polo sul da Lua em 2023.
Já para a Hungria e a Polônia, a missão marca o início de novos capítulos em programas espaciais que, até recentemente, dependiam exclusivamente de colaborações internacionais. Com a Ax-4, essas nações demonstram ambição renovada para participarem do crescente mercado espacial comercial.
O futuro das missões privadas
A Ax-4 é a quarta missão tripulada organizada pela Axiom Space, empresa com sede em Houston que planeja construir sua própria estação espacial nos próximos anos. A NASA tem apoiado essas missões como parte de seu plano de comercialização da órbita terrestre baixa, já que pretende aposentar a ISS em 2031. Para Whitson, que agora acumula mais de 675 dias no espaço ao longo da carreira, o futuro é claro: “As fronteiras do espaço não são mais exclusividade de governos. Estamos abrindo caminho para o que virá a seguir – esta é apenas a próxima etapa”.
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Frente fria provoca queda nas temperaturas nos próximos dias
InternacionalInternacional
Índia, Polônia e Hungria retornam ao espaço após décadas com missão à Estação Espacial
EspeciaisEspeciais
INSS estima iniciar ressarcimento de aposentados no dia 24 de julho
CidadesCidades
O melhor do pagode movimenta o fim de semana do Arraiá de Barueri
Tecnologia
Lenovo demite mais de 1.000 funcionários da ‘antiga Motorola’
InternacionalInternacional
Aumenta o número de jornalistas presos no mundo, segundo Organização RSF
Publicidade