Gaza viveu 16 anos de “antidesenvolvimento”, diz relatório da ONU sobre economia palestina

Documento responsabiliza ocupação israelense por dificuldades econômicas na região



Por:Jornal NC - Publicado em 26/10/2023

Gaza viveu 16 anos de “antidesenvolvimento”, diz relatório da ONU sobre economia palestina

Um relatório divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), conclui que 2022 foi mais um ano ruim para os palestinos, citando, entre os motivos, a ocupação de Israel. “Num contexto de tensões políticas crescentes, de aprofundamento da dependência da potência ocupante e de um processo de paz estagnado, a economia palestina continuou a funcionar abaixo do potencial em 2022, à medida que outros desafios persistentes se intensificavam”, afirma o relatório. O texto, que traz um panorama sobre a economia palestina, também afirma que a Faixa de Gaza viveu 16 anos de “antidesenvolvimento”.

“Gaza viveu 16 anos de ‘antidesenvolvimento’ e supressão do potencial humano e do direito ao desenvolvimento. Os esforços internacionais para a recuperação continuam inadequados e abaixo do nível das necessidades prementes”, diz o relatório. O órgão da ONU também afirma que as consequências econômicas da guerra entre Israel e o Hamas são “impossíveis de se definir” neste momento.

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PIB e desemprego
A Unctad destaca que embora o PIB palestino tenha crescido 3,9% em 2022, o PIB real per capita ainda estava 8,6% abaixo do nível pré-pandemia, de 2019. Em Gaza, o PIB real ficou 11,7% abaixo do nível de 2019 e perto do seu nível mais baixo desde 1994. O texto também informa que a taxa de desemprego permaneceu elevada, atingindo 24% no Território Palestino Ocupado (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental); 13% na Cisjordânia e 45% em Gaza, sendo as mulheres e os jovens os mais atingidos pela falta de trabalho.

O documento afirma que a falta de empregos força muitos palestinos a procurar trabalho em Israel e nos assentamentos israelenses. Em 2022, 22,5% dos palestinos empregados da Cisjordânia trabalhavam em Israel e em assentamentos israelenses, onde o salário médio é mais elevado. Mas taxas e impostos desconfiados representam 44% do salário bruto, o que elimina o prêmio das vagas de trabalho em Israel.

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