Especialistas explicam possíveis impactos do adiantamento da 2ª dose da vacina

São Paulo disponibilizou inscrições para a chamada “xepa da vacina” que permite antecipar a segunda dose contra a Covid-19



Por:Jornal NC - Publicado em 26/08/2021

Especialistas explicam possíveis impactos do adiantamento da 2ª dose da vacina

A cidade de São Paulo disponibilizou inscrições para a chamada “xepa da vacina“, que permite antecipar a segunda dose contra a Covid-19. Com a medida que começou a valer, as pessoas que receberam a primeira dose da Pfizer ou AstraZeneca poderão se vacinar com a segunda dose após 60 dias da primeira aplicação. Para quem foi imunizado com a Coronavac, o tempo mínimo será de 15 dias. O pesquisador Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, avalia que o intervalo maior entre as doses permitiu a vacinação de um número maior de pessoas com a primeira dose. Ele afirma ainda que as discussões sobre redução do intervalo entre as doses são comuns nas campanhas de vacinação e devem levar em consideração as evidências.

Coronavac mostrou eficácia aumentada com 28 dias entre as doses
Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Butantan mostrou que a eficácia global da Coronavac, que considera a proteção contra casos leves, moderados e graves, foi de até 62,3% quando o intervalo entre as duas doses foi de 21 dias ou mais. O número é superior à taxa de 50,7% de proteção contra casos sintomáticos registrada com um espaçamento de 14 dias. “Para a vacina da Coronavac, sabemos que o intervalo de 28 dias é melhor do que 14. Ao meu ver, não há por que mexer nesse intervalo de 28 dias. Os estudos são inequívocos mostrando que o intervalo de 28 dias se traduz em uma resposta protetora melhor do que 14 dias”, reforçou Kfouri.

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Intervalo da AstraZeneca
Segundo o diretor da SBIm, a redução do intervalo da AstraZeneca de 12 para 8 semanas não apresenta nenhum tipo de prejuízo para o desenvolvimento da imunidade. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford revelou que um longo intervalo, de até 45 semanas, entre a primeira e a segunda dose da vacina da AstraZeneca levou a um aumento da resposta imunológica após a segunda aplicação. Segundo a pesquisa, o atraso pode ser benéfico, resultando em anticorpos aumentados além de uma resposta imune celular aprimorada.

Ministério da Saúde estuda reduzir intervalo da Pfizer
A bula da vacina da Pfizer indica o intervalo padrão de 21 dias. No entanto, o intervalo adotado pelo Ministério da Saúde entre as duas doses é de 12 semanas. Estudos realizados em países como os Estados Unidos e o Reino Unido mostraram que o sistema imunológico apresentou uma maior produção de anticorpos com um intervalo maior entre a primeira e a segunda dose da vacina.


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