Por:Jornal NC - Publicado em 22/06/2017
O coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, apelou aos líderes palestinos e israelenses a retornarem às negociações sobre a chamada solução de dois Estados. Num informe apresentado hoje (20) ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, ele disse que é urgente enfrentar o rápido aumento da insegurança na Faixa de Gaza. A informação é da ONU News.
Para evitar “um conflito que ninguém quer” o apelo às partes é que “ajam antes que seja muito tarde”, disse Mladenov. Ele declarou ainda que a política da construção de assentamentos israelenses ilegais nos territórios palestinos ocupados viola a resolução 2334 da ONU. E apontou também a “preocupação muito séria” com a continuação dos atentados terroristas e de atos de violência.
Por outro lado, o coordenador das Nações Unidas elogiou os passos positivos dados por Israel para melhorar o estado da economia palestina e disse que se continuarem, “aumentarão significativamente a autoridade civil local”. Mladenov alertou que a Faixa de Gaza é um “barril de pólvora” e que os seus 2 milhões de habitantes não podem mais continuar “reféns das divisões”.
Para o representante da ONU, todos os problemas sobre o estatuto final da área podem ser resolvidos por acordo mútuo através da lei internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, se as negociações recomeçarem “com seriedade”. Ele disse que Israel não cumpriu suas obrigações em relação ao fim de todas as atividades de assentamento no território palestino ocupado. E citou planos de construção de 4 mil novas habitações anunciados nos últimos meses.
Por outro lado, Mladenov condenou a prática das autoridades palestinas de exaltar “terroristas que cometem ataques como heróis e mártires”.
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Eletricidade
O coordenador mencionou também a disputa sobre os pagamentos de eletricidade entre as facções palestinas que deixam a população sem luz durante a maior parte do dia. A Faixa de Gaza depende atualmente de 60% da eletricidade vinda de Israel, do Egito e de uma operação de emergência coordenada pela ONU, cujo financiamento expira em dois a três meses.
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