Por:Jornal NC - Publicado em 05/08/2021
O Brasil venceu o México por 4 a 1 nos pênaltis depois de empate sem gols no tempo normal e na prorrogação e se classificou para a final do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. O gol decisivo foi marcado por Reinier, em Kashima.
Santos defendeu a cobrança de Eduardo Aguirre e viu a de Johan Vásquez bater na trave — Carlos Rodríguez foi o único que acertou pelos mexicanos. Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier marcaram pelo Brasil.
É a terceira final seguida de Jogos Olímpicos do Brasil, que defende o ouro conquistado na Rio-2016. A final das Olimpíadas será no Estádio Internacional de Yokohama, contra a Espanha. Já a disputa pela medalha de bronze entre México e Japão será em Saitama.
Mais lateral do que meio-campista, Daniel Alves foi o melhor do Brasil porque usou sua experiência para evitar lances de precipitação, como foi rotina com os atacantes, e organizar de trás o jogo da equipe. À vontade, o lateral-direito mostrou muita facilidade para o jogo de trocas de passe curtas e ainda teve uma das melhores chances de gol ainda no primeiro tempo, em cobrança de falta defendida por Ochoa.
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Num jogo sem inspiração, foi ele uma das únicas fontes de desafogo. Na responsabilidade da cobrança do primeiro pênalti, colocou o Brasil em vantagem e comandou a festa.
Diferentemente dos outros adversários do Brasil nas Olimpíadas — com a exceção da Alemanha —, o México tentou pressionar a defesa do Brasil e criou chances de gol desde o começo.
A marcação encaixada de Luis Romo e Córdova (depois Ricardo Angulo) sobre Douglas Luiz e Bruno Guimarães fez a dupla de volantes sofrer para sair jogando e ainda ter que ocupar espaços defensivamente, o que forçou erros de passe e duelos pessoais perdidos. Com eles anulados e pressionados, tanto é que ambos tomaram cartão amarelo, o Brasil sofreu muito.
A lesão de Matheus Cunha abriu espaço para Paulinho na escalação original da seleção brasileira. Para além dessa mudança de jogador, o time mudou um pouco a forma de jogar.
Diferentemente do que aconteceu contra times mais defensivos nos jogos anteriores, Arana ficou mais retraído para dar conta dos contra-ataques em velocidade do México e o Brasil atacou com três ou quatro jogadores, a depender do posicionamento de Claudinho. O time teve mais posse de bola no primeiro tempo, mas a impressão foi que o jogo nunca esteve controlado.
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