Operação Bereré analisa documentos sobre esquema de desvios no Detran de Mato Grosso

De acordo com a apuração, cerca de 90% do valor da cobrança por serviços de cadastro e informatização de dados eram repassados a uma organização criminosa

A Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso continuam as investigações sobre desvio de recursos no Departamento de Trânsito (Detran) do estado. De acordo com a apuração, cerca de 90% do valor da cobrança por serviços de cadastro e informatização de dados eram repassados a uma organização criminosa que atuou no esquema entre 2009 e 2014.
Policiais e promotores analisam documentos coletados durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. O Ministério Público chegou a pedir a prisão temporária dos acusados, mas o pedido foi negado pela Justiça.

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Ainda não há um cálculo sobre o total desviado, mas os promotores afirmam que o esquema de corrupção era milionário. Os líderes do esquema, segundo a investigação, eram os deputados estaduais Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa do Estado, e Mauro Savi, ambos do PSB.
Savi negou qualquer envolvimento no esquema durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito que ele preside e que apura desvios nos fundos do governo.
Botelho concedeu uma entrevista coletiva para negar envolvimento com o esquema denunciado na Operação Bereré, reconheceu, no entanto, que foi sócio de umas empresas beneficiadas até 2012 e sabia das irregularidades.

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