Em Barueri mulheres voltam a estudar e encontram novo sentido para vida

“Elas se abrem para o mundo do conhecimento.” Esta frase é da professora Rosa Oliveira sobre suas alunas do EJA

O local que oferece diversas atividades gratuitas, também abriga o programa que visa formar essas mulheres que não tiveram acesso ou não completaram os estudos do Ensino Fundamental.
Em uma sala de aula sempre lotada, a atividade explorou o tema “Meu Mundo Ainda Tem Futuro” e comtemplou o objetivo de número 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU - Educação de Qualidade -, em que as alunas em cartolinas escreveram em poucas palavras o que a vida é para elas depois que começaram a estudar.

Veja Também: Pessoas com síndrome de Down ganham mais autonomia em Barueri

Nas mãos estão escritas suas histórias
A vida simples e com poucos recursos fez Cícera Maria Santos, 58 anos, parar de frequentar a sala de aula. “Com 9 anos trabalhei na cana de açúcar no interior no Pernambuco, tenho calo nas mãos até hoje.
Com 16 anos, eu casei e viemos para São Paulo. Depois do falecimento do meu marido, fiquei muito abalada e resolvi cuidar de mim.
A minha nora me incentivou e fiz a matrícula. Eu era muito tímida, nunca achei que teria condições de voltar a estudar, nunca pensei que minha mente pudesse se abrir. Hoje sonho ocupar uma sala de aula como professora”, emocionada, declarou a dona de casa.

Nova identidade
Para a pernambucana Maria Januária, 45 anos, um dos momentos mais especiais de sua vida foi assinar o seu nome. “Minha infância foi na roça, a minha mãe me criou com meus irmãos sozinha. Tivemos que trabalhar cedo e nunca fui à escola.
Hoje, já escrevo o meu nome e não preciso mais usar a minha digital. Quando eu renovei o RG e assinei o meu nome, comecei a chorar de felicidade.
Estudar mudou tudo para mim, se eu soubesse que aqui era tão bom, teria vindo pra cá há muito tempo.”

Curta nossa Fanpage no Facebook