A triste realidade dos albinos na Tanzânia

Marcada como um “fantasma” por conta de sua pele branca, Mariam Emmanuel foi perseguida em sua aldeia africana, num canto remoto da Tanzânia, por uma turba sedenta de sangue.
Exausta e aterrorizada, cinco anos de idade, a menina cansou e caiu no final de um beco. Ela gemeu e se encolheu, enquanto os adultos a rodeavam e afiavam suas facas e facões. Então eles começaram a trabalhar, a despedaçá-la e a dividir seus restos entre si.
“Mariam não teve o benefício de estar inconsciente antes de morrer”, disse um investigador chocado. “Ela foi morta, como um animal, por homens adultos, que não mostraram nenhuma compaixão por outro ser humano” – O crime de Mariam? Ela era uma albina, um dos mais de 17.000 negros africanos que sofrem de uma condição genética rara que faz com que sua pele seja branca e seus cabelos ruivos ou louros.
E em um continente onde milhões de pessoas acreditam em magia negra ou “muti”, seus órgãos e sangue valem muito mais que suas vidas.
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Durante décadas, os albinos da África - conhecidos como “tribo de fantasmas”, “zeros” e “invisíveis” – sofrem um tratamento terrível nas mãos de seus próprios vizinhos e são assassinados por suas partes do corpo que, se crê, trazem boa fortuna e cura todos os tipos de males. Em muitos países africanos - mas é mais comum na Tanzânia - albinos são assassinados na rua. Seus restos são usados em macabras poções humanas pelos curandeiros tradicionais para tratar os doentes.
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