Por:Jornal NC - Publicado em 04/05/2018
Mais alta autoridade das Nações Unidas para assuntos de moradia e populações sem-teto, a advogada canadense Leilani Farha diz que o incêndio que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida no centro de São Paulo no último dia 1º de maio causa tristeza, mas não surpresa.
Para a relatora especial da ONU para o Direito à Moradia Adequada, o colapso do prédio de 24 andares, ocupado por 150 famílias após quase duas décadas de abandono, mostra que “a relação entre a falta de moradia e a morte é muito próxima”. “É isso o que tiramos deste episódio: quando governos em nível federal e local fracassam em implementar o direito de moradia, grandes tragédias e mortes acontecem.”
Veja Também: Distúrbios do 1º de maio deixam mais de 100 pessoas detidas em Paris
As Nações Unidas classificam a moradia como um direito universal e cobram de países para que garantam esta prerrogativa a todos os seus cidadãos. Mas, para a especialista, que roda o mundo fiscalizando se nações cumprem ou não a regra, o debate não deve ser reduzido a “habitação popular versus mercado”.
Citando exemplos de parcerias bem-sucedidas entre governos e empresários na Índia, Farha defende regulação sobre construtoras (“há muita corrupção, e no Brasil isso é especialmente grande”) e limites de lucros em determinadas áreas (“e que o excedente seja destinado a fundos ou verbas destinadas à construção de casas”).
Sobre a polêmica da cobrança de supostas mensalidades de até R$ 400 aos sem-teto, classifica a ideia como “interessante”, mas diz que ela só funciona se houver mecanismos de prestações de contas transparentes por movimentos de moradia e fiscalização.O mercado imobiliário é completamente desregulado, em qualquer parte do mundo.Mais alta autoridade das Nações Unidas para assuntos de moradia e populações sem-teto, a advogada canadense Leilani Farha diz que o incêndio que derrubou o edifício Wilton Paes de Almeida no centro de São Paulo no último dia 1º de maio causa tristeza, mas não surpresa.
Para a relatora especial da ONU para o Direito à Moradia Adequada, o colapso do prédio de 24 andares, ocupado por 150 famílias após quase duas décadas de abandono, mostra que “a relação entre a falta de moradia e a morte é muito próxima”. “É isso o que tiramos deste episódio: quando governos em nível federal e local fracassam em implementar o direito de moradia, grandes tragédias e mortes acontecem.”
As Nações Unidas classificam a moradia como um direito universal e cobram de países para que garantam esta prerrogativa a todos os seus cidadãos. Mas, para a especialista, que roda o mundo fiscalizando se nações cumprem ou não a regra, o debate não deve ser reduzido a “habitação popular versus mercado”.
Citando exemplos de parcerias bem-sucedidas entre governos e empresários na Índia, Farha defende regulação sobre construtoras (“há muita corrupção, e no Brasil isso é especialmente grande”) e limites de lucros em determinadas áreas (“e que o excedente seja destinado a fundos ou verbas destinadas à construção de casas”).
Sobre a polêmica da cobrança de supostas mensalidades de até R$ 400 aos sem-teto, classifica a ideia como “interessante”, mas diz que ela só funciona se houver mecanismos de prestações de contas transparentes por movimentos de moradia e fiscalização.O mercado imobiliário é completamente desregulado, em qualquer parte do mundo.
Publicidade
CidadesCidades
Barueri recapeou mais de 300 ruas e colocou LED em quase 100% da cidade nos últimos anos
InternacionalInternacional
Biden sanciona lei que pode proibir TikTok; entenda o que acontece agora
EspeciaisEspeciais
Governo avalia ato para entrega da segunda fase da reforma tributária
CidadesCidades
Barueri investe em obra de desassoreamento do rio Cotia no Jardim Maria Helena
TecnologiaTecnologia
Ministério do Trabalho lança aplicativo para consulta do PIS/Pasep; Consulte seu saldo
Política
Comissão do Senado rejeita parecer sobre reforma trabalhista
Publicidade