Por:Jornal NC - Publicado em 06/12/2018
As negociações da Conferência do Clima da ONU vão até o dia 14, e o objetivo é definir regras para o funcionamento do Acordo de Paris.
No quarto dia da COP 24, o polonês que lidera as negociações da ONU para reavivar o acordo climático de Paris, Michał Kurtyka, disse nesta quarta (5) que seu país está comprometido com combustível mais verde, apesar de seu presidente ter prometido não deixar ninguém “assassinar mineração de carvão”. O principal objetivo da conferência, é definir um “livro de regras” para o Acordo de Paris — cujo principal objetivo é manter o aquecimento do planeta abaixo de 2ºC. O “livro de regras” pretende definir, exatamente, como cada país deverá agir para garantir que essa meta seja cumprida.
Secretário de estado no Ministério do Meio Ambiente polonês, Kurtyka disse à agência de notícias Reuters que está trabalhando para um acordo ambicioso que respeite “a letra e o espírito” de Paris. Disse, ainda, que foi o Ministério da Energia, não o presidente, quem estabeleceu a política.
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A Polônia, que depende de carvão para cerca de 80% de sua energia e para mais de 82 mil empregos em mineração, é um improvável anfitrião das negociações climáticas da ONU, mas Kurtyka disse que o país estava ansioso para compartilhar com o resto do mundo sua capacidade de transição.
Nos últimos 30 anos, a antiga nação comunista mudou de uma economia controlada centralmente que, segundo Kurtyka, não é um bom sistema para os seres humanos ou o meio ambiente.
Agora, como a presidência das negociações climáticas, ele disse que a Polônia está buscando “uma transição justa” para um mundo mais verde.
Esses comentários podem diminuir a preocupação com o discurso do presidente da Polônia, Andrzej Duda, quando declarou aos mineiros poloneses, durante o festival em homenagem a Santa Bárabara: “Por favor, não se preocupem. Enquanto eu for presidente da Polônia, não deixarei ninguém assassinar a mineração de carvão”. Junto com a Grã-Bretanha, a Polônia assinou uma iniciativa para promover veículos elétricos que Kurtyka disse que seriam menos poluentes que os motores convencionais, mesmo que fossem alimentados por eletricidade a carvão.
Treinado como engenheiro, Kurtyka disse que os veículos elétricos são mais eficientes que os motores de combustão interna, que geram calor e poluição.
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